Réu responde por homicídio qualificado, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa. Político, que também foi secretário da Saúde da Capital, foi morto em 2010.
Está marcado para começar às 9h30 desta quarta-feira (19) o júri de mais um réu pela morte do ex-vice-prefeito e ex-secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos. O crime ocorreu na noite de 26 de fevereiro de 2010, quando o político saía de um culto com a esposa e a filha de sete anos.
Acusado de ser o mandante do crime, o réu responde por homicídio qualificado, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e corrupção ativa. O g1 não localizou a defesa do homem.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido cometido por vingança. O motivo seria a denúncia de um suposto esquema de corrupção envolvendo uma empresa de vigilância de propriedade do réu, um ex-policial militar. A terceirizada era responsável pela segurança de postos de saúde de Porto Alegre e teve o contrato encerrado pelo município. Eliseu Santos era testemunha no processo que apurava as denúncias.
Outros réus
Em setembro, o réu Robinson Teixeira dos Santos foi condenado a 33 anos de prisão. A defesa, que pretende recorrer da decisão, disse que o acusado não estava no local do crime e que as provas contra ele eram insuficientes. Ele respondeu por homicídio qualificado, associação criminosa, fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Antes disso, em 2016, duas pessoas acusadas de serem executoras do crime foram condenadas. Eliseu Gomes e Fernando Junior Treib Krol receberam penas de 27 anos cada um. Interrogados, ambos negaram participação no crime. Eles responderam por homicídio qualificado, associação criminosa, fraude processual, receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
Outros dois dos acusados vão a júri no dia 23 de novembro. Os demais três acusados serão julgados no dia 12 de dezembro.
Relembre
Eliseu Santos estava acompanhado da mulher e da filha na saída de um culto religioso quando foi assassinado. Ele foi atingido por tiros disparados por suspeitos que estavam em um automóvel.
O médico ortopedista filiado ao PTB foi vice-prefeito na primeira gestão do prefeito José Fogaça (PPS e, depois, PMDB) em Porto Alegre, entre 2005 e 2008, e assumiu a pasta da Saúde em 2007.