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Volta de Neymar potencializa futebol de Richarlison, o mais efetivo da seleção brasileira
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Publicado em 05/12/2022

A volta de Neymar, confirmado entre os titulares por Tite para o duelo com a Coreia do Sul nesta segunda-feira, pelas oitavas de final do Copa do Mundo do Catar, deixa a seleção brasileira mais criativa e potencializa o futebol de um jogador em especial: Richarlison.

 

O camisa 9 foi às redes duas vezes contra a Sérvia e é o artilheiro do Brasil no Mundial catariano. Ele se destaca em meio à baixa eficiência ofensiva do Brasil, o menos efetivo entre todos os 16 classificados às oitavas de final.

O time de Tite terminou a fase de grupos com apenas três gols, o pior ataque da seleção numa Copa desde o Mundial de 1978, quando balançou as redes duas vezes. A equipe finaliza muito. Foram 51 conclusões nos três primeiros jogos, mas tem encontrado dificuldade para marcar. Só contra Camarões foram 21 chutes, sete deles ao gol.

Para mudar esse cenário, Richarlison conta de novo com o parceiro Neymar, recuperado de lesão no tornozelo direito. “Todos viram a falta que ele fez nesses últimos jogos. Com a volta dele, meu papel na frente melhora, toda a equipe melhora”, avaliou o “Pombo”.

”Neymar é o Neymar. Querendo ou não, ele puxa a marcação ali na frente e abre espaço para a gente. Faz muita diferença. Faz falta para mim, que sou o 9. Preciso dele para abrir os espaços”, acrescentou.

O centroavante é o maior goleador da seleção nesse ciclo que termina no Catar. São 19 gols em 40 jogos. Os dois que ele marcou no Mundial tiveram participação do camisa 10. Ele iniciou ambas as jogadas que também envolveram Vini Jr.

A seleção brasileira tem encontrado dificuldade sobretudo no primeiro tempo das partidas. Os três gols saíram na etapa final dos jogos contra a Sérvia e Suíça- 2 a 0 e 1 a 0, respectivamente. “As equipes que jogam fechadas, acabam cansando no segundo tempo, e isso facilita para a gente”, argumentou Richarlison.

 

O capixaba faz a avaliação de que a derrota para Camarões, sofrida dom reservas em campo, aconteceu no momento certo, em que era possível perder, uma vez que a seleção já estava antecipadamente classificada. “Não pode ter erro, agora é mata-mata e vamos estar focados.”

 

O CAMISA 9 DE TITE

Ainda que não tenha o mesmo prestígio que titulares de longa data na seleção, Richarlison era nome certo para esta Copa desde o início do ano. Isso porque ele reúne características muito apreciadas por Tite e sua comissão técnica.

A principal delas é dupla função ofensiva. Com Vinicius Júnior pela esquerda e Raphinha na direita, Richarlison começou esta Copa do Mundo como jogador de área, mas é capaz de jogar também pelo lado direito. Dentre os nove atacantes convocados, somente Gabriel Jesus era opção semelhante. Não é mais porque foi cortado por lesão.

Dentre os nove atacantes convocados, somente Gabriel Jesus era opção semelhante. Não é mais porque foi cortado por lesão no joelho. Pedro, o outro centroavante, tem outras características. É um camisa 9 técnico, mas menos móvel.

 

Richarlison é titular em um dos setores mais concorridos da seleção - e já era assim antes mesmo de sair a convocação. “Eu tinha seis, sete ‘9' para convocar, e qualquer um que eu convocasse estaria bem. Vieram Pedro, Richarlison e Gabriel Jesus. Podiam ter vindo Gabriel Barbosa, Firmino, Cunha, Hulk... Nós temos um manancial e temos que escolher”, considerou Tite logo a partida diante da Sérvia.

“Pelas virtudes e características, eu queria um pivô, e quando a equipe joga baixo, é Pedro, da última bola. Na movimentação e pressão, é o Gabriel. De finalizador é o Richarlison. Ele é da função específica.”

O atacante espera encontrar uma barreira sul-coreana que terá de transpor, repetindo o que enfrentou diante de sérvios e suíços. Nas oitavas, vai rever seu companheiro Son, astro do Tottenham e craque do time asiático. É chamado de “Neymar da Coreia” em seu país.

“O Son é um grande jogador, trabalho com ele no clube, sei da qualidade dele. Por isso vamos entrar ligado e neutralizar os pontos fortes deles. É uma equipe que é agressiva, forte, não pode ter erro”, disse o capixaba.

Ele espera um jogo diferente do que o último encontro entre as seleções. Em junho passado, o Brasil goleou os sul-coreanos por 5 a 1 em Seul. “Será um grande jogo, é partida de Copa do Mundo.”

 

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