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Inscrições são abertas para pesquisas sobre ataque de tubarão e invasão de peixe-leão; saiba como fazer
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Publicado em 24/03/2023

Inscrições podem ser feitas até 23 de abril, pela internet. Propostas aprovadas terão até R$ 200 mil.

 

A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe) divulgou edital para pesquisadores apresentarem projetos sobre prevenção a ataques de tubarão e invasões de peixe-leão. As inscrições podem ser feitas até 23 de abril, pela internet. As propostas aprovadas terão verbas e bolsas de até R$ 200 mil.

 

A ideia da fundação é apoiar pesquisas a partir da seleção de propostas e financiamento de projetos com soluções para os ataques de tubarão e invasão de peixe-leão, espécie perigosa para seres humanos e meio ambiente.

Para se inscrever, é necessário ter título de doutor e ser, obrigatoriamente, o coordenador do projeto, além de possuir vínculo formal empregatício com a instituição que executará o projeto.

Veja áreas para pesquisas

Diagnóstico das causas dos incidentes com tubarões ou das invasões de peixe leão;

Tecnologias para o monitoramento, prognóstico e mitigação de incidentes com tubarões ou das invasões do peixe leão;

Segurança e educação ambiental;

Avaliação do impacto socioeconômico dos ataques de tubarões ou das invasões do peixe leão.

 

 

Como se inscrever

As propostas podem ser submetidas até o dia 23 de abril. Para se inscrever, é necessário apresentar os seguintes documentos:

Projeto de pesquisa com orçamento detalhado e cronograma de atividades

Carta de anuência da Instituição de execução do projeto, assinada pelo chefe do departamento/instituto ou pelo representante máximo da instituição, com comprovação de vínculo formal, empregatício;

Carta de anuência do membro da equipe técnica;

Cópia do protocolo de submissão ou parecer consubstanciado do comitê de ética em pesquisa para projetos que envolvam participação de seres humanos com o devido registro de recebimento pelo respectivo Comitê.

Segundo o edital, os resultados serão divulgados em 10 de junho. As contratações dos projetos aprovados estão previstas para o dia 15 do mesmo mês.

m fevereiro e março deste ano, o Grande Recife registrou três incidentes de tubarão. Um homem de 32 anos e dois adolescentes foram mordidos.

A vítima do ataque em Olinda foi o surfista André Luiz Gomes. Ele teve alta e se recupera de um ferimento na perna.

O adolescente Claudemir Gleybson Ferreira Herculano, de 14 anos, perdeu a perna direita e está internado no Hospital da restauração (HR), no Recife. A garota, Kaylanne Timóteo Freitas, de 15 anos, se recupera em casa, depois de perder parte do braço.

Em Pernambuco, as pesquisas para entender o comportamento de tubarões estão paradas desde 2015. O barco Sinuelo, barco que monitorava os animais, foi encontrado abandonado.

Após o registro de três ataques no Grande Recife, no entanto, o governo de Pernambuco anunciou investimentos em pesquisas e monitoramento no litoral do estado, além de uma reformulação no Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit).

Segundo o governo, serão investidos R$ 2 milhões para a compra de receptores acústicos, além da ampliação da área de acompanhamento dos animais para toda a Região Metropolitana.

Desde 1991, aconteceram 77 incidentes no estado, com 26 mortes. Pesquisadores acreditam que o estado pode estar vivendo um novo surto.

 

Peixe-leão

O peixe-leão tem espinhos venenosos que contêm uma toxina que pode causar febre, vermelhidão e até convulsões em humanos.

Ele é natural dos Oceanos Pacífico e Índico. Ele se adapta com extrema facilidade e se reproduz intensamente o ano todo.

Devora outros peixes maiores e pode até eliminar populações de espécies marinhas da região, já que não encontra nenhum predador capaz de detê-lo.

 

Entenda riscos do peixe-leão à natureza e aos seres humanos

A captura do primeiro peixe-leão na costa pernambucana aconteceu em 26 de fevereiro deste ano. Ele foi achado dentro de uma armadilha a uma profundidade de 40 metros, a 36 quilômetros de distância da Ilha de Itamaracá.

Os registros de peixes-leão começaram em Fernando de Noronha. O primeiro animal foi capturado em dezembro de 2020. Até fevereiro de 2023, tinham sido encontrados mais de 100 exemplares da espécie.

Em 2021, amostras da espécie também foram achadas por pesquisadores no Ceará. Um pescador piscou num desses animais na Praia de Bitupitá e precisou ser internado em hospital, com dores, convulsões e paradas cardíacas.

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