Offline
MENU
PUBLICIDADE
Concessão da Compesa divide atenção entre atratividade e riscos operacionais
A dúvida recai sobre os incentivos para expansão da oferta hídrica. Secretário Marcelo Bruto ressalta mecanismos de segurança jurídica no leilão da Compesa
Por Administrador
Publicado em 04/11/2025 09:46 • Atualizado 04/11/2025 09:51
Novidades
Oferta de água é o ponto sensível do edital - Foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil

Considerado um dos maiores projetos de saneamento em curso no país, o leilão das concessões parciais da Compesa, marcado para 18 de dezembro, já atraiu o interesse de pelo menos nove grupos econômicos. Entre os interessados estão operadores experientes, como Aegea e BRK Ambiental, e fundos de investimento como Vinci Partners, Pátria e Opportunity, conforme revelou o jornal Valor Econômico. O plano prevê investimentos da ordem de R$ 19 bilhões, sendo R$ 8,2 bilhões destinados à ampliação do abastecimento de água e R$ 10,9 bilhões ao tratamento de esgoto, abrangendo 174 municípios de Pernambuco.

 A forte mobilização do mercado, no entanto, vem acompanhada de preocupações em relação ao modelo adotado. Um dos principais pontos de atenção é a estrutura dos contratos, que mantém a produção de água sob responsabilidade da Compesa. Nesse formato, as concessionárias privadas terão de adquirir a água da estatal para realizar a distribuição à população. O arranjo levanta dúvidas sobre os incentivos para expansão da oferta hídrica e pode gerar fricções operacionais.

Em entrevista ao portal Movimento Econômico, o secretário de Parcerias e Estratégias da Gestão, Marcelo Bruto, reconheceu que o ponto é sensível, mas destacou que o contrato foi desenhado com alto grau de detalhamento, garantindo segurança jurídica para todas as partes envolvidas. “Haverá um contrato de interdependência entre a Compesa e os futuros concessionários, com regras claras sobre volume, qualidade e fornecimento da água”, afirmou.

Segundo Bruto, nos cinco primeiros anos da concessão, a Compesa garantirá um volume mínimo de fornecimento. Apenas no primeiro ano, o montante previsto é de 600 milhões de metros cúbicos, com crescimento progressivo a cada ano. O contrato define os volumes de forma escalonada, município por município, com base na capacidade real de produção da estatal e em obras de infraestrutura já planejadas ou em andamento.

Entre os empreendimentos considerados estratégicos estão três obras que ficarão sob responsabilidade dos concessionários: o sistema adutor de Carpina, voltado à Mata Norte, e, no Sertão, o sistema Petrolina–Afrânio–Dormentes e a ampliação da adutora do Oeste. Essas ações se somam a intervenções conduzidas diretamente pelo governo estadual, como a Adutora do Agreste e o Sistema Negreiros, em fase de licitação.

“O objetivo é eliminar as intermitências e garantir a universalização dos serviços. Isso está bem pactuado. O fornecimento de água crescerá conforme a demanda, dentro de um modelo planejado e seguro”, explicou Bruto. Segundo ele, a totalidade dos recursos arrecadados com as outorgas será reinvestida em projetos voltados à segurança hídrica.

Outro ponto de atenção entre investidores é a Parceria Público-Privada (PPP) que está em estudo pela Compesa para a construção de uma barragem no rio Ipojuca. Embora o governo afirme que a iniciativa contribuirá para ampliar a oferta de água na Região Metropolitana do Recife, há receios no setor privado sobre possíveis sobreposições de responsabilidade e lacunas contratuais. A expectativa, contudo, é que essa PPP fique para 2026, já que ainda se encontra em fase inicial de consulta pública.

O leilão parcial da Compesa é considerado o mais atrativo entre os projetos regionais ainda sob gestão do BNDES e deve encerrar o calendário de grandes concessões de infraestrutura deste ano.

 

Novo open mall em Paulista

Também nesta quarta (5), será inaugurado o Pátio Aurora Open Mall, com 139 unidades, em Paulista. O empreendimento integra o bairro planejado Vila Aurora, que prevê mais de 3.500 unidades habitacionais.

 

Almoço dos Associados

O CEO da Moura Dubeux, Diego Villar, e o diretor de Incorporação, Eduardo Moura, são os convidados do Almoço dos Associados da Ademi-PE, que acontece nesta terça-feira (4), das 12h30 às 14h30, na sede da entidade. Vão discutir sobre as oportunidades no projeto Novo Cais e o potencial de transformação urbana do Recife.

 

Data centers e IA

O COO  da Atlantic Data Centers, Joe Bergamaschine, participa nesta terça (4), em São Paulo, do DCD>Connect Brasil 2025, que reúne líderes do setor para debater os impactos da inteligência artificial na infraestrutura digital e na conectividade óptica.

 

Debate sobre inovação

Fred Vasconcelos, presidente da ATI, será painelista do AMCHAM Avança – Edição Pernambuco, nesta quarta (5), no Recife. O evento discute os efeitos da IA no desenvolvimento econômico do Estado.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!